quarta-feira, 18 de junho de 2025

ATROPELO E MORTE: TOROROMBA ACUSADA DE TENTAR REVERTER CULPA DE ACIDENTE

 

A imprensa recebeu uma nota de repúdio assinada por familiares e amigos do professor de artes e grafiteiro Luciano Sabino Maciel, conhecido como “Pipoka”, vítima fatal de um acidente ocorrido na manhã da última quarta-feira, 11 de junho, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em frente ao Banco do Brasil, em Ilhéus.


Segundo os relatos, Luciano se dirigia de bicicleta ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) quando foi atingido por um ônibus da empresa Tororomba Resort, que transportava funcionários do hotel. Após a queda, ele não conseguiu se levantar, foi socorrido pelo SAMU e faleceu em seguida.

A manifestação da família foi motivada pela nota de esclarecimento divulgada pela empresa Tororomba, que classificou o acidente como um ato involuntário e alegou que o ciclista transitava entre a via de tráfego e veículos estacionados, colidindo com a lateral do ônibus e, na sequência, com outro carro parado. O hotel reforça que prestou socorro imediato e alerta para a responsabilização de veículos de imprensa que veiculem informações sem checagem, mencionando possíveis medidas judiciais.

Em resposta, os familiares de Luciano emitiram um contundente pronunciamento, acusando a empresa de insensibilidade, desumanização e tentativa velada de responsabilizar a vítima. “A nota emitida não apenas ignora a dor irreparável de uma família devastada, como também revela uma lamentável ausência de empatia e sensibilidade diante de uma vida que foi ceifada”, afirma o documento.

A nota dos familiares levanta questionamentos sobre a segurança viária, questionando se havia sinalização proibindo o tráfego de ciclistas no trecho, e se a empresa adota medidas preventivas, como avisos de ponto cego e treinamento contínuo de seus motoristas. “Se a resposta for não, a ausência desses avisos configura negligência, então cabe refletir: até quando empresas tratarão a segurança viária como mera formalidade e não como uma obrigação real?”, pontua o texto.

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