Membros do governo do presidente Lula (PT) e da oposição acreditam que existe "boa chance" de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser preso ainda nesta terça-feira (22) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As informações são do site Metrópoles.
A prisão de Bolsonaro ocorreria por conta de um suposto descumprimento de medidas cautelares determinadas por Moraes ao ex-presidente, que estava proibido de participar de transmissões em redes sociais próprias ou de terceiros, incluindo entrevistas para a imprensa. Com medo de ser preso, Bolsonaro cancelou uma entrevista que estava prevista para a última segunda-feira (21).
No entanto, ex-presidente foi ao Congresso Nacional e mostrou a tornozeleira eletrônica para jornalistas e apoiadores. Em resposta, Moraes deu prazo de 24h para a defesa de Bolsonaro se manifestar sobre o caso.
De acordo com a publicação, o governo e a oposição ainda não tem uma estratégia definida em um cenário em que Bolsonaro, ainda tido como maior líder da direita brasileira, saía do cenário político de uma forma prematura. Tanto petistas quanto bolsonaristas acreditavam que uma prisão do ex-presidente só aconteceria no fim do ano.
Uma prisão antes do previsto deixará Bolsonaro sem sucessores claros, o que deve causar uma briga pela liderança da direita, além de deixar o PL, partido do ex-presidente, sem rumo.
Parlamentares da legenda foram convocados na última segunda-feira (21) para participar de uma reunião de emergência, em Brasília, e para socorrer Bolsonaro em caso de prisão.
No entanto, uma ala do PL acredita que uma eventual prisão antecipada do ex-presidente pode ser um "presente para a direita". A avaliação é que, com Bolsonaro preso, o grupo poderia definir com calma um nome para concorrer à Presidência em 2026.
Alexandre de Moraes impôs a Bolsonaro a série de cautelares após o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, impor uma taxação de 50% a produtos do Brasil por uma suposta perseguição da justiça brasileira ao ex-presidente.
Em seguida, a Polícia Federal (PF) apontou ao STF que Bolsonaro teria incentivado as sanções anunciadas por Trump. A PF chamou a atenção para as investida de Jair e o filho Eduardo Bolsonaro começaram em 7 de julho. O deputado está nos EUA desde o início do ano, atuando para que o governo americano imponha sanções contra autoridades brasileiras.
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