Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Joneuma autorizava benefícios ilegais aos presos ligados à facção, incluindo a entrada de eletrodomésticos, roupas, e visitas sem revista, inclusive da esposa de Dadá. Ela teria, inclusive, se reunido a sós com o líder criminoso, cobrindo o visor da porta com papel, levantando suspeitas entre os servidores.
O plano de fuga, segundo a polícia, foi minuciosamente orquestrado para libertar Dadá, com o apoio da diretora e de outros cúmplices. Investigações apontam que Joneuma teria recebido R$ 1,5 milhão da facção e estaria preparando uma fuga para o Rio de Janeiro, onde o PCE mantém aliança com o Comando Vermelho (CV).
Durante sua prisão, Joneuma estava grávida e alegou na Justiça que o pai da criança seria o ex-deputado federal Uldurico Junior, que tinha livre acesso ao presídio e contato direto com detentos de alta periculosidade. Ele nega qualquer envolvimento e aguarda teste de DNA.
Outro servidor, o ex-coordenador de segurança Wellington Oliveira, também foi preso por suposta cumplicidade nas irregularidades. Até o momento, 15 dos 16 presos continuam foragidos, e apenas um foi localizado e morreu durante confronto com a polícia.
A defesa de Joneuma afirma que suas atitudes visavam evitar conflitos internos e manter a ordem na unidade prisional. No entanto, a Justiça manteve sua prisão diante da gravidade dos fatos e dos indícios de envolvimento com o crime organizado. O caso acendeu o alerta sobre a fragilidade do sistema carcerário e a influência de facções criminosas no estado.
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